A Pesquisa Industrial Anual — Empresa, divulgada pelo IBGE, destacou que a fabricação de produtos alimentícios assumiu o posto de principal atividade industrial no Brasil em 2022. Responsável por 22,5% da Receita Líquida de Vendas (RLV), este setor não apenas liderou em termos de faturamento, mas também se destacou como o maior empregador, com 1,9 milhão de pessoas ocupadas, representando 22,8% do total da indústria.
Comparativamente a outros segmentos industriais, a fabricação de alimentos foi o único a expandir sua participação na força de trabalho desde 2013, registrando um aumento de 3,7 pontos percentuais. O panorama geral da indústria brasileira em 2022 também revelou um recorde histórico de empresas ativas, alcançando 346,1 mil unidades, um aumento de 12,9% em relação a 2019.
Em termos de receita, o setor industrial gerou R$ 6,7 trilhões em RLV, dos quais R$ 6,2 trilhões foram das indústrias de transformação. As indústrias extrativas contribuíram com R$ 436,8 bilhões. O Valor de Transformação Industrial (VTI) alcançou R$ 2,5 trilhões, com as indústrias de transformação representando 89,3% desse total.
A região Sudeste do Brasil se destacou no VTI, com uma participação de 61,1%, o maior nível dos últimos dez anos. Para Synthia Santana, gerente de Análise Estrutural do IBGE, esses resultados refletem a recuperação da indústria nacional, impulsionada pelo crescimento econômico e pela estabilização da inflação.