A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está pressionando pela rápida votação dos projetos de regulamentação da reforma tributária, conforme cronograma proposto pela Câmara dos Deputados. Em nota divulgada, a entidade defende que os ajustes finais nos textos sejam concluídos até 4 de julho, com votação nos dois turnos no plenário da Câmara até 12 de julho.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, assegurou que o processo está avançado e reiterou a previsão de apresentação do relatório em 3 de julho, com possível votação na segunda semana do mês.
Mário Sérgio Telles, superintendente de Economia da CNI, destacou pontos cruciais para o setor industrial, como a manutenção do Imposto sobre Valor Agregado (IBS e CBS) e o crédito amplo para a indústria. Telles enfatizou a necessidade de clareza na definição dos critérios de crédito, com um prazo reduzido de compensação de tributos de 75 para 45 dias.
A CNI também propõe aprimoramentos nos cálculos do saldo credor das empresas e a isonomia para produtos com regimes aduaneiros especiais. Quanto ao PL 108, que cria o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, a entidade defende um modelo internacional em que apenas o valor líquido da arrecadação seja repassado à União, retendo o saldo credor das empresas em uma conta separada no Tesouro.
Adicionalmente, a CNI manifestou oposição ao imposto seletivo sobre insumos como combustível e minério de ferro.